A depender de Bernardo Brugnara, 25, e Leonardo Criscio, 23, no futuro,
lojistas interessados em fazer promoções para fidelizar clientes não
precisarão mais entregar cartões. E os clientes também não vão mais
perdê-los.
Sócios na empresa Collact, eles desenvolveram um aplicativo de celular
que usa a tecnologia QR Code em ações de marketing e relacionamento de
pequenos e médios estabelecimentos com seus clientes.
O QR Code (Quick Response, resposta rápida em inglês) é uma imagem com
pequenos quadrados que representam a segunda geração dos códigos de
barras, só que com capacidade para armazenar muito mais informações.
Quando o cliente aproxima o celular do código (fornecido pelo
comerciante), o aplicativo registra os pontos de uma promoção criada
pelo lojista, como a oferta de um lanche grátis após dez compras.
Segundo Brugnara, a escolha do público-alvo ocorre porque esses empresários têm mais dificuldade de fazer marketing.
Para usar a ferramenta, a loja gasta até R$ 150 por mês, valor próximo ao gasto com impressão de cartões de fidelidade, diz ele.
Lançado há cinco meses em versão para celular com a plataforma iOS, da
Apple, o Collact já foi baixado por cerca de 3 mil clientes.
O lançamento para aparelhos que usam o sistema Android está previsto para maio.
Até o momento, os códigos estão disponíveis em mais de 100 estabelecimentos, a maioria restaurantes.
Com uma estrutura enxuta, de apenas cinco pessoas, a divulgação da
empresa e o treinamento dos lojistas são feitos "porta a porta".
INVESTIDORES
Mas ter uma equipe reduzida não impediu a empresa de chamar a atenção de investidores experientes ligados ao mercado digital.
Apostaram na ideia os investidores-anjo Marcelo Macedo (co-fundador do
ClickOn Brasil) e André Shinohara (co-fundador do Submarino).
Além disso, a empresa se tornou parceira do Grupo.Mobi, da área de marketing para dispositivos móveis.
Como em um processo de incubação, a Collact passou a funcionar dentro da companhia, recebendo suporte técnico e tecnológico.
Entre os planos da Collact está o de possibilitar que o próprio lojista
faça seu cadastro e imprima o código QR via internet, sem a necessidade
de visita de um profissional ao local.
A opção deve ser disponibilizada a partir de agosto.
Para ele, o momento da empresa agora não é mais de obter investimentos e sim de testar o produto.
"Queremos entender quais as necessidades do cliente, para não investir nem tempo nem dinheiro em algo errado."
Fonte:http://www.folha.uol.com.br/